No comando da seleção brasileira, Tite será o terceiro treinador mais bem pago em ação no Qatar-2022.
À frente da equipe pentacampeã mundial desde junho de 2016, o ex-técnico do Corinthians recebe anualmente da CBF um salário de 3,9 milhões de euros, o equivalente a R$ 20,6 milhões. Somente dois "professores" que obtiveram a classificação para o Mundial deste ano faturam mais do que ele.
O número um do ranking é Hans-Dieter Flick, sucessor de Joachim Löw na direção da Alemanha. Valorizado pelo título da Liga dos Campeões da Europa conquistado com o Bayern de Munique em 2020, Hansi foi contratado com um rendimento de 6,5 milhões de euros (R$ 34,4 milhões) por temporada.
Esse valor é muito maior do que o de qualquer outro técnico de seleção do planeta. O segundo colocado, Didier Deschamps, que ganhou a última Copa com a França e continua no cargo bem mais prestigiado do que quatro anos atrás, fatura "somente" 4,4 milhões de euros (R$ 23,3 milhões).
O top 10 dos treinadores mais bem pagos que estarão no Qatar-2022 conta com os comandantes de várias das equipes candidatas ao título, como Inglaterra (Gareth Southgate), Portugal (Fernando Santos) e Espanha (Luis Enrique).
Mas também tem espaço para algumas surpresas impulsionadas pelas fortunas dos xeques do Oriente Médio. O espanhol Felix Sánchez, que dirige a seleção anfitriã do torneio, ocupa a sexta posição no ranking. E o francês Hervé Renard, da Arábia Saudita, é o oitavo colocado.
A lista mostra o abismo financeiro entre os salários pagos por clubes e seleções. Com o que ganha na Alemanha, Flick, o técnico de seleção mais bem pago do mundo, não entraria nem no top 15 dos maiores salários do futebol de times.
No mundo de Champions, Premier League e compamheiros, o dinheiro rola em outras proporções. O argentino Diego Simeone, do Atlético de Madri, o mais endinheirado de todos, recebe 39,6 milhões de euros por temporada (R$ 209,8 milhões), mais ou menos o que o treinador germânico faturaria ao longo de seis anos de trabalho.
Aos 60 anos, Tite já anunciou que a Copa será seu último evento como treinador da seleção e que deixará o comando da equipe logo após a competição. Diante da escassez de nomes de prestígio no cenário nacional, é bem possível que seu substituto acabe sendo um estrangeiro, como o português Jorge Jesus (ex-Flamengo).
Depois de uma campanha praticamente impecável nas eliminatórias (14 vitórias e três empates), o Brasil descobrirá amanhã os seus primeiros adversários no Mundial. O sorteio dos grupos do torneio será realizado a partir das 13h (de Brasília), em Doha.
Das 32 seleções participantes do Qatar-2022, 29 já são conhecidas. Os donos das três vagas restantes serão definidos nas repescagens jogadas na Data Fifa de junho. Austrália, Emirados Árabes Unidos, Costa Rica, Peru, Nova Zelândia, Gales, Ucrânia e Escócia ainda estão na briga.
A Copa será disputada fora do seu período habitual por causa do calor que faz no Oriente Médio no meio do ano. Por isso, começará no dia 21 de novembro e tem a final marcada para 18 de dezembro.
Essa será a última edição do torneio da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por EUA, Canadá e México, serão 48 participantes.
Técnicos mais bem pagos da Copa-2022
1 - Hansi Flick (Alemanha) - 6,5 milhões de euros/ano
2 - Didier Deschamps (França) - 4,4 milhões de euros/ano
3 - Tite (Brasil) - 3,9 milhões de euros/ano
4 - Gareth Southgate (Inglaterra) - 3,5 milhões de euros/ano
5 - Louis van Gaal (Holanda) - 3 milhões de euros/ano
6 - Felix Sánchez (Qatar) - 2,5 milhões de euros/ano
7 - Fernando Santos (Portugal) - 2,5 milhões de euros/ano
8 - Hervé Renard (Arábia Saudita) - 1,8 milhão de euros/ano
9 - Murat Yakin (Suíça) - 1,6 milhão de euros
10 - Luis Enrique (Espanha) - 1,5 milhão de euros/ano.