O mês de janeiro mal começou e o Estado poderá registrar um cenário de calor inimaginável. Segundo informações da MetSul Meteorologia, o modelo meteorológico norte-americano GFS projeta "sucessivas saídas temperaturas de até 47ºC na área de Porto Alegre e máximas perto de 50ºC no Rio Grande do Sul, Centro da Argentina e no Uruguai no final da próxima semana". Em caso de confirmação dos dados na Capital, seria um recorde estadual e nacional.
Modelo é uma ferramenta da previsão do tempo, com dado bruto, e não a previsão do tempo final, feita por meteorologista. A MetSul Meteorologia explica ainda que o modelo meteorológico representa um conjunto de projeções feitas por supercomputadores que processam bilhões de cálculos a partir de equações matemáticas, realizadas cada número de determinado de horas a partir de observações meteorológicas do mundo inteiro de satélites, estações de superfície e da atmosfera por sondagens realizadas por balões meteorológicos.
Em outras ocasiões, por exemplo, meteorologistas do Brasil e do exterior observaram simulações indicarem cenários fora da realidade, como furacões simultâneos no Atlântico e nevascas nos Estados Unidos, fenômenos que nunca ocorreram. Apesar dos avanços e de ter provocado uma revolução na previsão do tempo, a tecnologia da modelagem numérica ainda é imperfeita.
De acordo com a MetSul Meteorologia, no caso do Rio Grande do Sul, a literatura sobre o assunto mostra que os modelos exageram as altas temperaturas em áreas subtropicais na estação quente. As projeções de modelos para sete a 10 dias, no verão, são menos confiáveis que no inverno, uma vez que a atmosfera mais quente e instável favorece alterações mais frequentes e radicais de prognósticos. Dessa forma, o que um modelo aponta hoje para 15 de janeiro pode ser totalmente diferente do que indicará nos dias subsequentes para o mesmo período.