Nesta terça-feira (22), fortes temporais de granizo atingiram diversas cidades do estado do Rio Grande do Sul, em um dia marcado por instabilidade atmosférica na região. Embora a maioria das pedras de gelo fosse pequena, houve casos em que o granizo apresentou tamanho médio.

Os temporais de granizo eram mais esperados nas regiões Sul e Leste do estado, onde a instabilidade estava mais concentrada. Enquanto isso, nas áreas do Oeste e Noroeste, ar quente e tempo aberto caracterizaram uma situação semelhante à de uma frente quente.

Nuvens carregadas se formaram durante a manhã sobre a Metade Leste do Rio Grande do Sul e avançaram em direção à costa, resultando em pancadas de chuva, raios e granizo em diversas áreas.

A MetSul Meteorologia havia alertado sobre o risco de tempo severo no estado para essa terça-feira, enfatizando especialmente a possibilidade de granizo de diferentes tamanhos.

Além disso, nas primeiras horas do dia, houve um temporal de granizo com pedras grandes na Grande Buenos Aires, na Argentina, e também registros de granizo no Uruguai.

Pessoas que seguem a MetSul Meteorologia relataram a ocorrência de granizo em várias cidades, como Santa Vitória do Palmar, Pelotas, Arroio do Padre, Charqueadas, Carazinho, Guaíba, Eldorado do Sul, Camaquã, Tavares, Cidreira, Encruzilhada do Sul, Arroio dos Ratos, Quintão, Tapes, Dom Feliciano, Minas do Leão, Sertão Santana, Caçapava do Sul, Cachoeira do Sul, Antônio Prado, Vacaria, Sentinela do Sul, Rio Grande e Arambaré.

As áreas de instabilidade que atuaram no Nordeste gaúcho avançaram para o Leste de Santa Catarina, também causando temporais de granizo. Cidades como Lontras e Agrolândia, no Alto Vale do Itajaí, sofreram danos devido ao granizo. Já em São Joaquim, no Planalto Sul catarinense, e em Lages, a quantidade de granizo foi tão grande que a paisagem ficou branca.

A atmosfera estava extremamente favorável para a ocorrência de granizo devido à sua alta instabilidade, ao intenso fluxo de ar quente vindo do Oeste, à baixa pressão atmosférica em queda acentuada e à presença de uma corrente de jato em baixos níveis intensa.

A instabilidade atmosférica foi notável, como evidenciado por índices extremamente baixos. O índice Showalter, utilizado para medir a instabilidade, estava em -7, um valor muito baixo e crítico para tempo severo. Outros índices como o Total Totals (60,2), o índice K (40,7) e o índice SWEAT (494) também indicaram um ambiente altamente propício para tempestades severas.

O risco de granizo continua nesta quarta-feira no Rio Grande do Sul, especialmente na região central e leste do estado. À tarde e à noite, o risco aumenta significativamente na Metade Norte gaúcha, devido à combinação de uma frente fria avançando no estado e massa de ar quente sob baixa pressão atmosférica. Granizo médio a grande pode ocorrer de forma isolada em tempestades severas localizadas.