As usinas eólicas são uma realidade e estão a olhos vistos no Rio Grande do Sul. O potencial energético destas construções é considerado imenso, dadas as características climáticas, a disposição do poder público e a vontade dos empreendedores. O sentimento de especialistas do setor é que as experiências de outras partes do Brasil e do mundo podem ser replicadas aqui, promovendo desenvolvimento e menores custos de produção e distribuição.
O mercado enxerga ainda mais oportunidades nas usinas offshores, ou seja, em alto-mar e em lagoas, tanto quanto nas onshores, instaladas em terra firme. De acordo com o Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia RS), a capacidade de abastecimento de uma onshore, por exemplo, está na base de 40 gigawatts (GW) no mar e 10 GW em lagos, além de uma redução no impacto ambiental.
“O ideal é que consigamos atrair para o Estado a indústria associada a estas usinas, porque otimizamos bastante em termos de tempo, composição financeira e no meio ambiente. Além do ganho sustentável, há um ganho de geração de energia, pois passamos a exportar energia limpa”, afirma a diretora de Operações e Sustentabilidade do Sindienergia RS, Daniela Cardeal, que visitou complexos do tipo fora do Estado e do país e buscou inspirações para projetos aqui dentro.
Segundo ela, há um grupo de trabalho que busca discussões com várias frentes, especialmente as comunidades locais, como forma de buscar minimizar estes eventuais impactos com a instalação das usinas. Há interesse de grupos em instalar empreendimentos do tipo no litoral gaúcho, aproveitando a geografia local para seu impulsionamento.