Depois de encerrar 2022 com a maior alta anual desde 2014, o preço da casa própria avançou 1,1% no primeiro trimestre de 2023, como mostram os dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Índice FipeZap+.
A variação acumulada dos três primeiros meses do ano corresponde a um resultado inferior à inflação ao consumidor no período (+2,07%), conforme estimativas do mercado financeiro para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
O movimento eleva para R$ 8.400 o valor médio do metro quadrado disponível para venda dos imóveis residenciais nas 50 cidades brasileiras pesquisadas pelo Índice FipeZap+. Isso significa dizer que, para pôr as mãos nas chaves de um apartamento-padrão, com 65m² e até dois dormitórios, é necessário desembolsar, em média, cerca de R$ 546 mil.
Só em março, o índice subiu 0,42%, após alta de 0,38% em fevereiro. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, o preço dos imóveis construídos avançou 5,66%.
Cidades
A alta nominal abaixo da inflação foi ocasionada por variação positiva dos preços em 44 cidades, incluindo 15 das 16 capitais. Campo Grande (+5,12%) e Goiânia (+4,09%) apresentaram as maiores altas no trimestre.
Com as variações, os municípios de Balneário Camboriú e Itapema, ambos localizados no litoral de Santa Catarina, figuram como os locais mais caros para comprar um imóvel no Brasil. O preço do metro quadrado nessas cidades figura em, respectivamente, R$ 11.876 e R$ 11.037, após altas de 4,26% e 5,55% nos primeiros três meses de 2023.
Na sequência, São Paulo (SP), Vitória (ES), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), Itajaí (SC), Barueri (SP), Brasília (DF) e Curitiba (PR) têm o preço médio do metro quadrado acima da média nacional.