O primeiro aeroporto binacional da América Latina e segundo do mundo foi reinaugurado em Rivera, na fronteira do Uruguai com o Brasil. O terminal estava fechado para reformas.
A solenidade, realizada na tarde de segunda-feira (11), contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, e de ministros do governo brasileiro. Em seu discurso, Leite destacou o acordo com o governo uruguaio que permite que, no terminal, as operações com destino/origem em aeroportos brasileiros sejam equiparadas a voos domésticos para fins de tarifação.
“Isso fortalece ainda mais os laços fraternos que unem o Rio Grande do Sul e o Brasil ao Uruguai. O nosso Estado e o Uruguai, em especial, compartilham uma história rica e profunda, forjada por laços culturais, históricos e sociais que transcendem fronteiras geográficas”, ressaltou o governador.
“Essa iniciativa reflete o compromisso mútuo de promover a integração regional e fortalecer os laços entre os dois países. A reinauguração deste aeroporto representa mais do que uma infraestrutura: é um símbolo de progresso e de cooperação entre as nossas nações”, prosseguiu.
Leite afirmou ainda que o projeto do aeroporto de Rivera também fortalece a política do governo gaúcho de incentivo à aviação regional. Graças a benefícios em relação a impostos sobre querosene da aviação, o Rio Grande do Sul é, atualmente, o Estado com o maior número de voos e rotas regionais. Essas isenções serão mantidas para os voos que saírem do RS em direção a Rivera. A companhia aérea Azul anunciou que começará a operar um voo entre Porto Alegre e Rivera no ano que vem.
O líder do governo na Assembleia Legislativa e presidente da Frente Parlamentar da Aviação, Frederico Antunes, também participou da solenidade. Desde 2015, ele trabalha a pauta do aeroporto de Rivera.
Além da reinauguração do terminal, foram feitos dois anúncios por parte do governo federal: a assinatura dos editais de dragagem da lagoa Mirim e de construção da nova ponte entre Rio Branco e Jaguarão. Os investimentos projetados são de quase R$ 300 milhões, sendo a maior parte (R$ 252 milhões) para a construção da travessia.